Em duas décadas de experiência acompanhando o setor contábil e empresas em transformação digital, nos surpreendemos ao perceber como o inventário de TI permanece como um ponto sensível, mesmo em empresas maduras. Pequenas falhas de controle, ausências de registros ou mesmo equívocos na atualização de ativos podem gerar perdas reais e prejuízos consideráveis, tanto no que é tangível quanto no que parece invisível. E o cenário para 2026 desafia a todos: mais dados, mais conectividade e muito mais automação.
Cada ativo perdido é um passo atrás na segurança e no crescimento do negócio.
Segundo estudos de Abrappe e KPMG, prejuízos com perdas, erros de inventário e quebras operacionais somam R$ 31,7 bilhões ao ano só no varejo brasileiro. O número impressiona e reforça a necessidade de modernizar os métodos, trazendo mais transparência, rastreabilidade e prevenção.
Por que a gestão de inventário de TI é tão delicada?
Quando falamos de inventário, muita gente imagina prateleiras cheias de computadores, mas não é bem por aí. Na prática, envolve equipamentos, componentes, sistemas, licenças, nuvem e até dados. Qualquer falha de supervisão pode afetar entregas, compliance, custos e, principalmente, a reputação.
Já presenciamos documentações feitas à mão, aplicações improvisadas e controles paralelos que só dificultam ainda mais a gestão. Segundo dados da International Association of Software Architects, projetos de TI mal estruturados representam US$ 160 bilhões em perdas anuais no Brasil. Muito desse valor se esconde em má gestão de ativos: sistemas subutilizados, equipamentos encostados, produtos sem rastreio, licenças esquecidas. Parece pequeno? Em escala, não é.
Na Altcom Tecnologia, notamos que o amadurecimento desses processos sempre começa pelos fundamentos: mapeamento, registro e atualização frequente.
Quais são os principais métodos de gestão de inventário de TI?
Ao longo dos anos, adaptamos e testamos inúmeros métodos. Chegamos a um ponto em que processos híbridos – que unem tecnologia, rotina e envolvimento das pessoas – deram resultados mais consistentes. A seguir, listamos práticas que consideramos indispensáveis para evitar perdas a partir de 2026:
- Mapeamento inicial detalhado: levantar 100% dos ativos, desde hardware e periféricos até softwares, licenças, arquivos em nuvem e integrações. Aqui, não existe excesso de zelo. Não esqueça das máquinas paradas, usadas remotamente ou em backup.
- Padronização de registros: centralizar a entrada das informações: fabricante, data de aquisição, prazo de garantia, data de baixa, local de uso, responsável, status atual – quem não padroniza, corre o risco de perder o histórico de rastreio.
- Automação do inventário: adotar sistemas que permitam inventário automatizado, integrações com dispositivos IoT, monitoramento de estoque em tempo real e alertas personalizados.
- Acompanhamento periódico: revisitar e validar o inventário de forma sistemática – pelo menos uma vez por trimestre. Se possível, incentive auditorias cruzadas entre equipes para evitar "vista grossa".
- Controle de movimentação e rastreabilidade: controlar todas as transferências, retiradas, devoluções ou baixas, preferencialmente com registros digitais.
- Gestão de ciclo de vida dos ativos: não basta conhecer o que existe; é importante saber o momento certo de atualizar, aposentar ou remanejar.
- Integração com práticas de segurança: quanto mais integrado estiver o controle de inventário com políticas de acesso, backup e monitoramento, menores as chances de breaches ou violações.
Falamos mais sobre monitoramento de ativos de TI, com ferramentas e dicas práticas, no artigo Monitorar ativos de TI: ferramentas práticas essenciais.

Como métodos automatizados estão mudando o jogo?
Se houve um salto nos últimos anos, foi por conta da automação. Softwares modernos de inventário permitiram abandonar planilhas confusas e controles descentralizados. Agora, conseguimos visualizar tudo em tempo real, identificar ativos subutilizados, prevenir falhas e até evitar roubos internos.
A automação já não é opção, é estratégia para cortar custos e mitigar riscos de perdas ocultas.
Inclusive, o relatório da Abrappe e KPMG traz um alerta importante: empresas que não investem em Internet das Coisas (IoT) e automação registram perdas muito maiores, pois se baseiam apenas em controles manuais e sujeitos a falhas. Tecnologias que automatizam a rastreabilidade dos ativos – sensores, QR Codes, RFID – ganharão ainda mais espaço em 2026.
No ecossistema Altcom, vemos que a integração entre inventário e plataformas como Microsoft 365, cloud computing e sistemas de segurança é fundamental para antecipar problemas, realizar previsões de renovação e evitar compras desnecessárias ou esquecidas.

Desafios práticos: onde mais ocorrem as perdas?
Na maioria das consultorias que realizamos vimos padrões se repetirem, especialmente entre empresas que cresceram rápido ou digitalizaram processos durante a pandemia. Sobra tecnologia, mas falta visão integrada. Reunimos alguns desafios e situações corriqueiras:
- Equipamentos esquecidos após trocas de setores.
- Licenças de softwares pagas em duplicidade ou não utilizadas.
- Periféricos retirados para home office e nunca devolvidos.
- Servidores antigos armazenando dados sensíveis sem atualização de status.
- Ambiente híbrido sem controle entre ativos físicos e virtuais.
- Registros diferentes publicados em sistemas paralelos pelo mesmo ativo.
- Baixas sem rastreio ou documentação.
Esses pontos parecem simples, mas quando acumulados podem se transformar em passivo financeiro e até em risco de compliance.
Onde há ruído na comunicação, há margem para perdas.
Já explicamos, em outro momento, como combinar gestão e suporte técnico para evitar esses problemas, no artigo gestão e suporte de TI.
Métodos para evitar perdas e garantir controle até 2026
Acreditamos em três pilares: processo, tecnologia e acompanhamento humano. Assim, a implementação desses métodos aumenta a visão do todo e reduz drasticamente as chances de perda.
- Estabelecer políticas claras: ter regras objetivas de entrada, movimentação e baixa de ativos. Quanto menos exceções, melhor.
- Digitalizar todo o registro de ciclo de vida: o papel ficou no passado. Ferramentas cloud, integradas e acessíveis, permitem histórico detalhado.
- Usar automação para alertas e conciliadores: softwares podem disparar alarmes caso haja divergência entre registro físico e digital, ou ativo permaneça sem movimentação suspeita.
- Promover auditorias recorrentes: equipes diferentes auditando, listas de checagem customizadas e revisão periódica aumentam a precisão.
- Treinar equipes e criar cultura digital: cada colaborador precisa entender a diferença entre entregar e apenas registrar um dispositivo. Isso faz toda a diferença.
Aliás, no artigo gestão de licenças de software nós já abordamos erros comuns que afetam o inventário e como agir para mitigar prejuízos silenciosos.

Como transformar métodos em rotina sustentável?
Acreditamos que nenhum método se sustenta se não couber no dia a dia. Por isso, acompanhar, mensurar e adaptar processos torna a rotina menos burocrática e muito mais previsível:
- Designe um responsável por cada área.
- Defina metas e indicadores claros: ativos por colaborador, tempo médio de resposta, divergências entre físico e digital.
- Agende revisões automatizadas: se possível, integre seu sistema de inventário ao ERP ou ao controle financeiro.
- Mantenha canais abertos para reporte rápido de anomalias ou perdas.
- Valorize as boas práticas publicamente para formar cultura positiva em toda a equipe.
Na Altcom, nossa metodologia própria, a Altcom 365, ajuda clientes a criar uma cultura de prevenção, monitoramento constante e respostas rápidas. Relacionamentos duradouros começam com confiança nos dados e transparência no controle.
Caso queira entender mais sobre cultura de controle preventivo, temos um material completo sobre gestão de TI com foco em confiança e parceria duradoura: como fazer a gestão de TI com a Altcom.
Conclusão
No cenário de 2026, a prevenção de perdas em inventário de TI é inseparável da transformação digital e do crescimento sustentável. Empresas que incorporam métodos automatizados ao acompanhamento humano e investem em cultura digital saem na frente, reduzindo custos e riscos.
Estamos prontos para ajudar seu negócio a amadurecer a gestão de inventário e garantir estabilidade na era dos dados.
Se quiser conhecer melhor a Metodologia Altcom 365 ou ver como a tecnologia pode facilitar a gestão e prevenir perdas, conte conosco para fortalecer cada etapa do seu inventário e proteger seus ativos.
Perguntas frequentes sobre gestão de inventário de TI
O que é gestão de inventário de TI?
Gestão de inventário de TI é o processo de mapear, registrar, acompanhar e controlar todos os ativos tecnológicos da empresa. Isso inclui equipamentos (como computadores, switches, impressoras), softwares, licenças, dispositivos em nuvem e qualquer item relacionado à infraestrutura de tecnologia. O objetivo é garantir rastreabilidade total, reduzir perdas, evitar desperdícios e assegurar que tudo está em conformidade.
Como evitar perdas de inventário em TI?
Evitar perdas depende de processos bem definidos, automação e cultura organizacional. É fundamental registrar todas as entradas, saídas e movimentos dos ativos, adotar ferramentas digitais de controle, fazer auditorias frequentes e promover o envolvimento da equipe com treinamentos e comunicação clara. A integração com métodos automatizados e alertas é indispensável para detectar rapidamente inconsistências.
Quais são os métodos mais eficazes?
Os métodos mais eficazes combinam mapeamento detalhado, registro padronizado, automação do inventário, acompanhamento periódico e integração entre inventário e políticas de segurança. Ferramentas digitais, auditorias recorrentes e a designação de responsáveis por áreas específicas tornam esses passos ainda mais robustos.
Vale a pena automatizar o inventário de TI?
Sim, a automação do inventário de TI traz ganhos de agilidade, precisão, redução de falhas humanas e facilidade para auditorias. Sistemas automatizados também facilitam a integração com outros setores (como financeiro e compras) e aumentam a transparência, permitindo que eventuais desvios sejam identificados rapidamente.
Como escolher um software para inventário de TI?
Procure por soluções que permitam personalização dos campos, integração fácil com outros sistemas (nuvem, ERP, controle de acesso), recursos de alertas automáticos, dashboards intuitivos e boa base de suporte técnico. Avalie se a ferramenta atende à rotina da sua equipe e se traz benefícios reais para o crescimento sustentável do seu controle de ativos.
