O uso de aplicações SaaS (Software as a Service), como Microsoft 365, Salesforce e AWS, revolucionou operações corporativas. Transformou o modo como armazenamos, compartilhamos e trabalhamos dados. Hoje, migrar cargas críticas para a nuvem já não é diferencial, mas requisito para competir. No entanto, muitos gestores ainda subestimam os riscos de confiar exclusivamente nos sistemas nativos dessas plataformas. O que pouca gente percebe é que a proteção dos dados reside nas mãos do próprio cliente, não do fornecedor.
Responsabilidade compartilhada não é proteção garantida.
Neste guia, queremos mostrar, com base em experiências no atendimento de demandas reais e alinhamento com melhores práticas de mercado, como gestores podem superar ameaças à integridade e disponibilidade dos dados em ambientes SaaS e Cloud. Vamos falar sobre riscos, estratégias de redução de impacto e o papel da Altcom na maturidade tecnológica de contabilidades e empresas que exigem máxima performance e segurança.
O cenário: SaaS como prática e os riscos esquecidos
SaaS e Cloud passaram a ser padrão em empresas orientadas por velocidade, mobilidade e escalabilidade. O cenário mudou rápido, acelerado pela transformação digital. Mas diante dessa expansão acelerada, incidentes sérios têm ocorrido: 77% das organizações registraram ao menos um incidente de vazamento ou perda de informações confidenciais nos últimos 18 meses, segundo o Relatório de Segurança de Dados 2025. Grande parte desses eventos ocorre justamente em ambientes de nuvem, por falhas operacionais, erros humanos ou ataques direcionados.
Além disso, 44% das empresas relataram incidentes de segurança em Cloud, citando erros de configuração e problemas administrativos como motivos comuns, conforme notícia do setor. Não se trata apenas de hackers, mas de acidentes internos, exclusões acidentais ou sincronizações mal sucedidas que provocam indisponibilidade ou destruição de dados valiosos.
O modelo de responsabilidade compartilhada das plataformas SaaS é claro: a infraestrutura (hardware, conectividade, hospedagem) é protegida pelo fornecedor, mas o conteúdo e as permissões dos dados são responsabilidade do cliente. Isso significa que a empresa responde por exclusões acidentais, erros administrativos, modificações maliciosas na conta e restauração sob demanda.
Limitações dos mecanismos nativos de retenção
É comum ouvirmos: “está tudo salvo na nuvem, então não preciso me preocupar”. Essa premissa ignora uma realidade desafiadora: os mecanismos nativos de retenção de SaaS não são projetados para cobrir compliance rigoroso, exigências de auditorias ou recuperação diante de falhas sistêmicas. Basta verificar os contratos padrão, prazos curtos de retenção (30, 60, 90 dias), ausência de restauração granular e dependência exclusiva de um único repositório exposto.
Empresas de contabilidade, por exemplo, processam informações sensíveis de clientes e precisam garantir acesso a backups históricos para quaisquer demandas legais ou regulatórias. Os mecanismos nativos, em geral, não contemplam essas exigências para fins de compliance e podem colocar o negócio em risco real.
Soluções de backup externas: uma camada além do básico
O cenário está mudando. Até 2028, 75% das empresas têm como prioridade a adoção de soluções de backup externas para aplicações SaaS, segundo relatório recente. O motivo é simples: autonomia, flexibilidade, repositórios isolados e proteção contra falhas operacionais e ataques de ransomware.
Quando falamos de workloads críticos em AWS, por exemplo, adotar backups independentes em outro domínio e até em outro provedor impede a chamada “prisão do fornecedor”. Se um incidente atingir a conta principal ou comprometer a integridade da infraestrutura de nuvem, a empresa mantém a possibilidade de restaurar dados em outro ambiente com rapidez, preservando seu negócio.
Aqui na Altcom, apoiamos nossos clientes no desenho e implementação dessas rotinas. Trabalhamos com soluções de backup Acronis, que entregam retenção granular, versionamento, restauração por demanda e integração nativa a grandes plataformas do setor público e privado. É essa abordagem que garante a autonomia e a resiliência exigidas pelo mercado de hoje.
Práticas robustas de continuidade de negócios
Quando falamos de continuidade, saber o que restaurar, quando e em quanto tempo é uma obrigação, não opção. Relacionamos abaixo práticas reconhecidas que todo gestor deve supervisionar:
- Definição clara de RPO e RTO: RPO é o quanto de informação sua empresa admite perder (janela de backup). RTO é o tempo máximo aceitável para a retomada da operação. Sem esses indicadores, não há previsibilidade na resposta a incidentes.
- Replicação consistente e validação: Automatizar cópias para ambientes isolados, testando periodicamente a restauração, impede surpresas desagradáveis quando for preciso agir rápido.
- Testes regulares de recuperação: Mais comum do que se imagina: identificamos empresas que não validam seu próprio backup há meses, só descobrindo falhas no momento do pânico.
- Integração entre sistemas de backup e orquestração: Automatizar o retorno dos dados ao ambiente produtivo reduz drasticamente o impacto operacional, inclusive para grandes volumes e múltiplos sistemas.
Estas práticas elevam o padrão de maturidade tecnológica, gerando valor percebido para o cliente final e dando aos gestores maiores tranquilidade. No blog da Altcom, mantemos um fluxo constante de conteúdos orientados à gestão de riscos em TI e continuidade operacional.
Mitigação de ransomware e falhas humanas: isolamento e imutabilidade
Ransomware permanece como grande vilão, sequestrando dados produtivos e backups conectados à mesma infraestrutura. Aqui, a estratégia passa por criar barreiras técnicas e administrativas:
- Isolamento dos repositórios de backup (no mínimo, lógica e, idealmente, física);
- Repositórios imutáveis, não permitem alteração ou exclusão, nem por administradores;
- Autenticação multifator (MFA) em todas as contas privilegiadas;
- Monitoramento constante de acessos, atividades suspeitas e tentativas de restauração não autorizadas;
- Controle rigoroso de permissões de acesso.
Mecanismos imutáveis são especialmente relevantes para setores regulados. Se exigido armazenagem legal ou requisitos governamentais, a arquitetura imutável é a única que realmente impede alterações e elimina riscos de fraudes ou compliance. Não se trata apenas de questão técnica, mas de se resguardar juridicamente.
Abordamos razões estratégicas para proteger dados empresariais em artigos recentes, reforçando a ligação direta entre prevenção e sustentabilidade do negócio.
Gerenciamento estratégico: controle, previsibilidade e maturidade
Gestores atentos sabem: não se trata apenas de evitar incidentes, mas de garantir continuidade dos negócios, atender auditorias e manter a confiança do mercado. Ao trabalhar soluções de backup externas junto com políticas de governança, as empresas controlam os próprios riscos, inclusive em nuvens públicas, privadas e híbridas.
Na Altcom, nossa experiência de mais de 20 anos em gestão de nuvem e suporte técnico permite desenhar políticas alinhadas às metas do cliente. Oferecemos suporte especializado, integrações com Microsoft 365 e projetos customizados de backup e disaster recovery.
Por experiência, vemos que empresas que documentam responsabilidades, mantêm inventário atualizado de workloads e investem em cultura de segurança têm impactos operacionais mínimos mesmo em grandes incidentes.
Para quem busca maturidade real, sugerimos também acompanhar o guia de migração de sistemas para nuvem.
Riscos para empresas que negligenciam a proteção de dados
Os riscos tangíveis de depender apenas de mecanismos nativos dos provedores incluem:
- Perda de informações críticas por exclusão acidental ou má sincronização;
- Indisponibilidade prolongada por ataques de ransomware que contaminam backups;
- Impossibilidade de atender auditorias e exigências de compliance, com risco de multas;
- Dependência técnica total do fornecedor, sacrificando a portabilidade e autonomia;
- Dificuldade para restaurar dados de períodos específicos ou de usuários individuais.
Ao investir em políticas e ferramentas robustas de backup, as empresas não apenas minimizam riscos financeiros e reputacionais, mas aceleram a retomada das atividades em caso de desastre.
Conclusão: segurança, continuidade e valor real no uso de SaaS
O movimento para SaaS e Cloud não tem mais volta, e isso é positivo. Negócios que apostam em soluções flexíveis e automação ganham vantagem competitiva. Mas, para alcançar previsibilidade e segurança operacional, é indispensável ir além do básico e controlar, de fato, os próprios dados.
Como especialistas em soluções de backup e continuidade, nós da Altcom acompanhamos empresas no desenho e execução dessas rotinas, sempre focados em atingir o equilíbrio entre praticidade, segurança e compliance. Nossos clientes já percebem valor ao reduzir riscos e aumentar a transparência, tanto para suas áreas quanto para o mercado.
Quer entender como construir um ambiente tecnológico mais seguro, resiliente e preparado para as próximas exigências? Fale com nossa equipe e avance no amadurecimento digital do seu negócio.
Perguntas frequentes
O que é SaaS e Cloud corporativo?
SaaS (Software as a Service) é um modelo no qual aplicativos e serviços são acessados pela internet, pagos conforme o uso e sem necessidade de instalação local. Cloud corporativo é a infraestrutura, pública ou privada, que hospeda esses serviços e permite o armazenamento, processamento e compartilhamento de dados para empresas.
Como proteger meus dados na nuvem?
A proteção começa com uma política clara: implementar soluções externas de backup, autenticação multifator, controles de acesso e monitoramento contínuo de atividades suspeitas. Adotar backups automáticos e imutáveis amplia a segurança, garantindo recuperação rápida em caso de incidentes.
Quais os riscos de usar SaaS?
Os principais riscos são: perda de dados por exclusão acidental, ataques de ransomware, falhas operacionais, limitações nos mecanismos nativos de recuperação e dependência do fornecedor para acessar ou restaurar informações antigas.
Como escolher um serviço Cloud seguro?
Busque plataformas que ofereçam integração fácil com soluções externas de backup, recursos de isolamento e imutabilidade, políticas claras de responsabilidade compartilhada e suporte a compliance de mercado. Analise também o histórico de segurança, a governança e recomendações do setor.
Vale a pena migrar dados para SaaS?
Sim, desde que acompanhado de uma estratégia sólida de proteção de dados. SaaS aumenta flexibilidade e acesso, mas precisa de processos maduros de backup e segurança para garantir continuidade dos negócios.
