Imagine uma empresa em dia normal. Telefones tocam, e-mails chegam, pedidos são aprovados. De repente, as telas escurecem. O silêncio substitui o barulho dos computadores. E, por alguns segundos, todos olham ao redor, inseguros sobre o que fazer.
Nesse momento, algo se revela: o quanto sua empresa está, ou não, preparada para imprevistos. A verdade é que desastres digitais ou físicos acontecem sem avisar. Pode ser um simples erro humano, um ataque cibernético de madrugada ou até aquela tempestade que derruba um servidor inteiro. Seja como for, ter apenas sorte não é uma estratégia.
Neste artigo, você vai entender em detalhes o que é disaster recovery, por que ele é indispensável na realidade das empresas brasileiras e como construí-lo, focando não só em tecnologia, mas no elemento humano da proteção. Vamos juntos?
Por que falar de disaster recovery agora faz tanto sentido
O mundo corporativo mudou. Hoje, dados e sistemas são quase tão valiosos quanto o próprio caixa da empresa. Uma decisão, um histórico de vendas, um projeto inteiro vivem na tela do computador.
E no Brasil, razões para atenção não faltam. Um levantamento global recente mostrou que 52% das empresas brasileiras têm um plano de recuperação de desastres bem documentado, maior do que a média mundial. Parece positivo, mas há um porém: muitos desses planos não são revisados com a frequência necessária. Na prática, é como ter um extintor vencido pendurado na parede. A sensação de segurança existe, mas sua eficácia é improvável.
Não é só no papel que o alerta acende. Um estudo divulgado pela FEMA revelou um dado assustador: entre 40% e 60% das pequenas empresas fecham as portas após desastres naturais, justamente pela falta de um plano de disaster recovery. Por falta de prevenção, histórias e sonhos empresariais simplesmente evaporam.
Não espere o desastre mostrar o quanto a prevenção faz diferença.
Entendendo o que é disaster recovery
Disaster recovery se refere ao conjunto de processos, boas práticas, recursos e pessoas que garantem que uma empresa consiga se recuperar rapidamente após qualquer tipo de desastre. O objetivo principal, sempre, é a continuidade do negócio com o menor impacto possível.
Esse desastre pode ser:
- Apagar acidentalmente arquivos críticos,
- Falha de servidores,
- Desastres naturais (enchentes, incêndios),
- Ataques cibernéticos,
- Interrupção de energia,
- Ou mesmo problemas na nuvem.
Quando falamos de disaster recovery, falamos muito mais do que backup. Falamos sobre o tempo de resposta, a clareza de procedimentos, a estrutura pronta para agir no exato momento em que tudo parece parado. O backup, aliás, é só uma peça do tabuleiro. Sem um processo claro de restauração e pessoas treinadas, o backup pode acabar sendo usado tarde demais, ou não funcionar como esperado.

Os riscos reais: dados, pessoas e reputação
Empresas brasileiras são cada vez mais alvo de ataques, falhas e ameaças naturais. E o prejuízo não está restrito a arquivos perdidos. Segundo pesquisa recente, 5% das empresas nacionais já enfrentaram perda total de dados após ciberataques, isto é, não conseguiram recuperar nada. Para muitas delas, não há retorno.
O prejuízo vai além das finanças. Uma interrupção inesperada coloca em risco:
- A confiança dos clientes (aquela que demora anos para construir)
- A motivação e segurança da equipe
- O cumprimento de contratos e legislações (LGPD, por exemplo)
E, talvez, o mais preocupante: alguns desses danos podem não ser reversíveis. Afinal, uma marca só é forte enquanto inspira confiança.
Por onde começar: elementos de um plano de disaster recovery
Você pode imaginar disaster recovery como um kit de primeiros socorros, só que para sistemas e dados. Ele não existe por obrigação, mas por responsabilidade. Se você nunca precisou dele, ótimo, mas quando precisar, é bom que funcione.
Um plano de disaster recovery eficaz costuma conter:
- Diagnóstico de riscos: Avaliar o que pode realmente acontecer (e qual impacto teria). Perda de internet, invasão, incêndio, falha no provedor, tudo entra na conta.
- Inventário dos ativos: Mapear sistemas, servidores, softwares, dados críticos e responsáveis. Quem cuida do quê? Saber responde mais que salvar tempo: salva recursos e reputação.
- Política de backup (local e nuvem): Determinar frequência, métodos e locais de armazenamento. Dúvidas sobre isso? Um conteúdo detalhado da Altcom discute como escolher entre backup local ou em nuvem.
- Procedimentos claros de restauração: Não basta ter o backup. É preciso testá-lo e garantir que a restauração não dependa de um “gênio” específico. Rotina, treinamento e documentação deixam o processo mais fluido.
- Comitê de resposta: Quem avisa? Quem executa? Ter nomes e contatos definidos poupa minutos preciosos quando tudo parece lento demais.
- Revisão e testes regulares: Uma política esquecida é quase como não ter nenhuma. Agende simulações, atualize contatos e revise o plano pelo menos semestralmente.
Ninguém acerta no improviso. Quem se prepara, controla o impacto.
O papel das pessoas e da cultura em disaster recovery
Apesar da tecnologia ser parte central do disaster recovery, são as pessoas que ativam, testam e fazem o plano acontecer. E, muitas vezes, o erro humano é o gatilho do desastre. A Altcom aposta em tecnologia, mas também em uma cultura de prevenção, colaboração e comunicação.
Um plano só é eficaz se for conhecido. E toda equipe precisa entender o que fazer diante de cenários emergenciais. A cultura de disaster recovery começa em treinamentos e se mantém presente no dia a dia, seja em uma reunião rápida ou uma campanha interna de conscientização.
Criar checklists, documentar processos e envolver pessoas de todos os setores assegura que a informação não fique restrita, ou desapareça com um colaborador que mudou de função.

A diferença entre backup e disaster recovery
Muitas empresas confundem os conceitos. Backup é ter uma cópia dos dados. Disaster recovery é saber como, quando e por quem a recuperação será feita, e garantir que tudo isso já foi testado com antecedência.
O backup pode estar local, em nuvem ou híbrido. Saber como escolher, implantar e combinar essas opções é tema central em um dos guias da Altcom sobre backup local ou em nuvem.
Um bom disaster recovery une os diferentes tipos de storage, pessoas capacitadas e processos documentados. Além disso, ele sempre considera a necessidade de rapidez (RTO) e o tempo máximo aceitável de dados perdidos (RPO).
- RTO (Recovery Time Objective): Tempo máximo tolerável para voltar à operação.
- RPO (Recovery Point Objective): Idade máxima dos dados que podem ser restaurados sem prejuízo grave.
Não ter backup é um erro. Não saber como usá-lo é outro ainda maior.
Como montar um disaster recovery prático e funcional
Falar de disaster recovery não é só definir processos longos e cheios de termos técnicos. O que vale é fazer funcionar e adaptar ao contexto da sua empresa.
Veja um caminho prático, baseado na experiência da Altcom:
- Entenda o cenário local e de nuvem: Algumas aplicações exigem respostas instantâneas. Outras toleram horas de inatividade. Avalie o impacto de cada sistema e leia o guia completo sobre migração para a nuvem caso este seja o seu futuro.
- Defina prioridades e sequências: Não atire para todos os lados. Priorize sistemas críticos, depois estenda a proteção.
- Invista em soluções de segurança: Um disaster recovery robusto precisa de rotinas de proteção. Conheça as práticas para blindar a empresa de ataques cibernéticos e não dependa só da sorte.
- Automatize o máximo possível: Menos trabalho manual significa menos chances de erro. Agende backups, rotinas de monitoramento e notificações automáticas.
- Realize simulações frequentes: Simular desastres mostra o que funciona e o que pode ser melhorado na prática, não só no papel.
- Inclua fornecedores e parceiros: Sistemas terceirizados, como ERPs e CRMs, também devem fazer parte do plano. Certifique-se dos SLAs e acordos de restauração.

Disaster recovery: um processo contínuo, não um evento
Existem pessoas que passam a vida toda sem trocar o extintor do carro. Muitos escritórios fazem o mesmo com planos de disaster recovery: criam, arquivam e esquecem. Mas o cenário muda tão rápido que tudo o que foi planejado em janeiro pode não servir em dezembro.
É por isso que a metodologia Altcom 365 reforça a prevenção contínua e o acompanhamento próximo, adaptando os processos conforme a empresa cresce e muda. Como parceiro de TI, nosso trabalho vai além da consultoria; acompanhamos de perto as necessidades dos clientes, ouvindo suas equipes e garantindo que não dependam só da esperança na hora dos problemas.
Planos são bons; planos revistos e testados são melhores.
Revisando tecnologias e infraestruturas como parte de disaster recovery
De tempos em tempos, surge a dúvida: trocar servidor, migrar para nuvem, ou renovar tudo? A resposta depende sempre do contexto, da criticidade dos dados, dos custos e dos riscos.
Muitas empresas estão migrando serviços para a nuvem, um processo capaz de reforçar a resiliência em casos de desastre, mas que exige avaliação sincera sobre a infraestrutura de servidores, como tratamos em outro artigo.
Considere sempre contar com o apoio de especialistas, como o time da Altcom. Nossa gestão de TI inclui essas avaliações, ajudando organizações a encontrar o equilíbrio certo para proteção, custo e facilidade de restauração. Mais detalhes sobre acompanhamento, metodologia e consultoria estão em nosso conteúdo sobre gestão de TI.
Conclusão
Disaster recovery é mais do que uma sigla bonita em reuniões. É atitude, rotina e prioridade real dentro das organizações modernas. Não importa o tamanho nem o setor: toda empresa está sujeita a imprevistos.
Comprovar que existem estratégias vai além de proteger arquivos. É garantir que pessoas, relacionamentos e oportunidades possam resistir ao inesperado. Da prevenção à recuperação, o apoio de parceiros experientes como a Altcom faz diferença em cada etapa, seja para revisar planos, escolher tecnologias certas ou apenas trazer tranquilidade para quem toca o negócio todos os dias.
Preparação nunca é desperdício. Esperar dá mais trabalho.
Entre em contato para conhecer as soluções Altcom em disaster recovery e gestão de TI. Nosso compromisso é ajudar empresas a crescer com mais confiança, segurança e menos sustos, sempre prevenindo, acompanhando e ouvindo de perto.
Perguntas frequentes sobre disaster recovery
O que é disaster recovery?
Disaster recovery é um conjunto de práticas, processos e recursos adotados para garantir que uma empresa consiga retomar rapidamente suas operações após desastres digitais ou físicos. Isso abrange planos para restaurar sistemas, acessos e dados, representando uma forma de proteger a continuidade do negócio diante de falhas, ataques, acidentes ou eventos naturais inesperados.
Como criar um plano de disaster recovery?
O plano começa com a identificação dos riscos e análise de impacto. Depois, deve-se mapear ativos essenciais, definir práticas de backup (local e nuvem), informar e treinar as equipes, documentar os procedimentos de resposta e realizar simulações periódicas para testar sua eficácia. Contar com parceiros experientes, como a equipe Altcom, facilita a estruturação e manutenção desse ciclo, tornando o processo mais seguro e menos sujeito a erros.
Quais os benefícios do disaster recovery?
Estar preparado para imprevistos minimiza prejuízos financeiros, evita perda de dados críticos, reduz o impacto na confiança dos clientes e assegura rápida recuperação das operações. Um bom disaster recovery também auxilia no cumprimento de regras e contratos, diminui o tempo de inatividade, protege contra sanções legais (como as da LGPD) e contribui para a reputação sólida da empresa.
Quanto custa implementar disaster recovery?
O investimento varia conforme o porte, infraestruturas e necessidades específicas da empresa. Custos podem incluir consultoria, tecnologias para backup e restauração, treinamentos, automações e monitoramento contínuo. Embora envolva recursos, o custo de não ter um bom plano costuma ser muito maior, principalmente se considerar paralisação nas atividades, multas e perda de reputação.
Quais são os erros mais comuns no disaster recovery?
Entre os deslizes recorrentes estão: planificar mas não testar, confiar em um único tipo de backup, não atualizar o plano à medida que a empresa cresce, não realizar simulações periódicas, subestimar riscos ou acreditar que "comigo nunca vai acontecer". Outro erro perigoso é centralizar informações em poucas pessoas, impedindo que o processo funcione sem elas.